Volto à vaca-fria... Apesar do que que se lê, do que se ouve, do que dizem os psicólogos, os pais não querem saber. Tapam os ouvidos, como as crianças, quando o que lhes está a ser dito não lhes interessa, pior, quando as incomoda. Faz-se orelhas moucas e acha-se que se está a educar. E eu observo, suficientemente de perto, para perceber que os pais relegam a educação para segundo plano. O que interessa é que os meninos os achem os maiores, mais um dos colegas de recreio. Amiguinhos, em vez de pais. E vão empurrando com a barriga, para serem amigos dos filhos, em vez de seu educadores. Porque é esse o seu papel. E porque ser pai, mãe, custa. Custa pô-los no lugar deles, fazê-los entender hierarquias e que, quem manda são os mais velhos.
Mas não. Dá-se-lhes o poder de fazer o que lhes apetece, ou de não fazer o que não lhes apetece. E eles percebem que, desta forma, "castigam" os pais quando as coisas não lhes correram de feição: não dão beijo de boa noite porque não lhes apetece, não falam durante uma semana, porque não lhes apetece, etc. E não são repreendidos. Porque podem ficar aborrecidos... Abrem-se precedentes deste tamanho! Dá-se o poder às crianças. Espero que, mais tarde, não seja tarde demais.
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