Sempre fui uma acérrima defensora da igualdade, a todos os níveis. E, significa isto, que todos, desde que estejam habilitados a determinada função, devem ter a mesma oportunidade de acesso, quer sejam brancos, pretos, amarelos, tenham visão a 102% ou a 10%, etc, etc.
Dizem-nos que o desemprego está perto dos 20%. Mas todos sabemos que estes são os números oficiais. Porque os reais talvez rondem os 30%, ou mais. Mesmo que não tenhamos alguém que nos ajude com a limpeza e manutenção de casa, conhecemos alguém que tenha essa ajuda. E sabemos que a maior parte dessas senhoras não desconta para nada, logo, quando fica desempregada, não entra para as estatísticas. E outras situações há, em que as pessoas recebem por fora, sem nunca descontar. Além disso, sabemos que o Instituto do Emprego arranja uns cursos, que não são pagos mas, quem os frequenta, enquanto os frequenta, desaparece das estatísticas de desemprego. E outros malabarismos por aí.
Por isso, senti as minhas entranhas a remexer quando ouvi o senhor da Acapo dizer que os invisuais têm uma taxa de desemprego de 32%, muito superior à da população geral. Ou terei entendido mal a mensagem?
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