Rendi-me ao Pedro Granger no Elo mais Fraco. Dificilmente poderá haver quem melhor vista a pele de apresentador impiedoso e frio. Está genial. Eu, que nunca lhe achei grande piada. Para mim era mais um menino "Morangos com Açúcar" (não sei se é, se não, mas para mim era isso: mais carinha laroca que dom para representar; e aqui também posso estar a ser injusta, já que não sou consumidora de telenovelas).
Parabéns!
O Rock in Rio promoveu um passatempo que consistia em escrever uma declaração. Para concorrer, tinha que se ter comprado 2 bilhetes para um dos dias. O prémio era fabuloso: bilhetes para o Rock in Rio (o original), com passagens aéreas e estadia num hotel 5 estrelas, no rio de Janeiro. Confesso que tinha alguma expectativa e, tendo eles declarado que o vencedor seria anunciado no site oficial a 17 de Fevereiro, tenho ido espreitar uma ou oura vez; ontem não entrei no site, não me recordo se terei entrado anteontem, mas hoje, finalmente, lá estava o vencedor (quase 1 semana depois). O André Reis escreveu o seguinte:
Ensinaste-me o significado da música e juntos aprendemos a escutá-la... para selar esta nossa paixão ao Rock in Rio te vou levar, para no Brasil, em 2013, bombar!
Há umas semanas tinha participado num passatempo do montepio e, apesar de a minha frase não estar má, as vencedoras estavam, de facto, muito boas! Mas esta... Pleeease!! Nem o Português está correcto! E a frase está francamente fraquinha!! O que me leva a pensar se o júri é mau, e tem ideias tão brilhantes quanto as do vencedor - que está, seja com for, de parabéns - ou se ele terá amizades que nenhum dos outros concorrentes tem...
Não é fácil explicar às crianças, àquelas que têm a felicidade de não ter deficiências físicas nem mentais, às que têm um tecto e comida quente, numa mesa, às que podem ver televisão, brincar com playstation e outros jogos, às que têm a possibilidade de estudar, às que têm carinho e acompanhamento dos pais, quer estes estejam juntos ou tenham decidido fazer vidas separadas. Não é fácil, para elas, perceber que devem comer, mesmo o que gostam menos, porque há meninos a morrer à fome, a viver na rua, ao frio, com pouco para brincar, ou, até a trabalhar.
Mas ouvir um adulto, neste caso, uma senhora de 52 anos, ligar para um programa de rádio (prova oral, na antena3) para, muito incrédula, diria quase ofendida, dizer que não entende como é que é possível que a ouvinte anterior, quase 20 anos mais nova, tenha problemas de lubrificação, parece-me o fim da picada, uma infantilidade, um retrato da (in)tolerância que se vive nos dias de hoje (mas que pensei que fosse muito mais prevalente na população mais jovem). Como é que é possível que uma mulher feita ostracize outra, só porque a sua vida sexual é, segundo a própria, maravilhosa, e não entende que outras mulheres possam não ter vidas sexuais plenas, como a sua. A coisa foi de tal forma ridícula, que dei por mim quase a sorrir, tal era a estupidez; acharmos que toda a gente tem obrigação de ser como nós, não aceitar, não compreender as diferenças. Pior, enxovalhar quem foge do seu padrão. Fazendo uma comparação muito radical, é quase o mesmo que indagar o motivo pelo qual algumas pessoas não sabem ler, já que é tão fácil.
Hoje em dia é quase tabu uma mulher assumir que não tem orgasmos, que tem dificuldade em lubrificar, ainda que ela e o companheiro se amem e que ele se preocupe sempre com ela. É mais natural alguém assumir a sua homossexualidade, que uma mulher jovem dizer que não atinge a plenitude do acto sexual. Porque no tempo das nossas avós, ou das nossas mães, é que isso acontecia, quando as mulheres não eram emancipadas, quando o sexo era envergonhado e uma obrigação marital: só era falado entre lençóis, e baixinho…
Este fim-semana-semana fomos a Londres. O ritmo é sempre alucinante: acordar às 08:00 para ver tudo o que o tempo permitir e chegar "de férias" cançados. Desta vez, sem bolhas nos pés. No Domingo tínhamos planeado ir ao Churchil War Rooms e seguir para a Queen´s Galery. Com um frio de rachar, atravessámos o St James Park, divertimo-nos com os esquilos e com quem com eles se divertia também. Chegámos à conclusão de que os Brasileiros são os Japoneses da actualidade (refiro-me como turistas, não como emigrantes); onde quer que estejamos, ouvimos o soutáqui.
Já muito próximo do Palácio de Buckingham olho para um rosto que me era familiar e devo ter olhado de tal maneira, que me fixou. Olho para a pessoa que estava com ele. E digo ao meu homem, meio a gaguejar:
- Viste? Viste?
- Vi o quê?
- É o... é o... e a Penélope Cruz!!
O J. ainda olha mas já estavam de costas. Ele - Javier Barden (foi a primeira coisa que fiz quando chegámos ao hotel, à noite; pesquisei o nome que me estava entalado na garganta) ainda se volta e eu, de olhos pregados:
- Vês, vês, é ele, não ´tás a ver?
Lá foram, cada um de seu lado, de mão dada ao bebé vestido com fato de neve branco. Ambos de boné (algo que me transcende) e roupa desportiva. Ela pequenina. Lá estavam a passear, como toda a gente.
P.S.: Andei o dia inteiro a remoer o facto de não ter tido coragem para pedir uma foto com eles. Nem sequer para tirar umazinha, ao longe, com a objectiva de 200mm que temos... Achei que ia incomodar... Grrr
Einstein não se debruçou sobre uma teoria da relatividade - sobre aquela que relativiza as coisas. Limitou-se (parece quase ofensivo usar esta palavra no trabalho desta mente tão brilhante, mas relativizemos...) à Física.
Mas eu vinha a pensar, hoje de manhã, quando ouvi na rádio que o governos quer limitar o valor das prendas oferecidas a um funcionário público a 1505 euros; a partir desse valor, qualquer prenda oferecida deve ser renunciada pela pessoa a quem foi oferecida e ficar nos cofres do Estado. Há quem tenha falado em valor simbólico. Ora, eu pergunto se 1505 euros, que são 3 vezes o salário que uma boa parte dos Portugueses ganha, é uma prenda simbólica?!
Quem trabalha na indústria farmacêutica, sabe que o valor legislado como simbólico, no que se refere a prendas (brindes) oferecidas a profissionais de saúde deve ter um valor máximo de 25 euros. Valor 60 vezes inferior ao que os funcionários públicos, onde se incluem os nossos governantes, podem receber...
Um dia destes discutia-se sobre perdas. Gerou-se polémica porque algumas mães achavam que era maior a dor de perder um filho, que a de um filho perder um/os pai(s). Justificava-se com a ordem natural das coisas. Esqueceu-se que, perder uma mãe aos 6 anos não é, não pode ser, uma coisa natural. E que podemos ter outros filhos (ainda que nunca o mesmo), mas não podemos ter outros pais. Podemos ter muitos filhos (ainda que cada um seja único), mas só temos uma mãe; só temos um pai. Dói, dói sempre.
E eu olho para esta geração, a minha, que vive obcecada com os filhos. Que os sobreprotege (por um lado; já lá vamos), que os desresponsabilizada, que os mima para além da conta, que os infantiliza.
A nota no "sobreprotege" tem a ver com o seguinte: os pais secam o cabelo das crianças até aos 11 anos, porque é perigoso mexer em secadores; descascam-lhes a fruta até à pré-adolescência, porque se podem cortar com as facas, vão buscá-los e trazê-los a todo o lado, vão com eles às casas de banho públicas, porque pode aparecer um predador sexual. Com isto tudo, infantilizam as crianças, colocam fantasmas na sua vida. No entanto, uma criança de 11 anos já tem e-mail, mesmo que para isso a mãe tenha tido que mentir na idade, para fazer o registo. Idem aspas com o facebook. Porque a criança/pré-adolescente quer ter e-mail; quer ter facebook. Anda-se a tapar de um lado, e a destapar do outro.
... E eu só espero que, quando for hora de voar, eles não tenhas as asas atrofiadas!
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