Sexta-feira, 28 de Outubro de 2011

Pés, e como podem ser belos empecilhos

 

Não sei como me arranjo. De vez em quando, parece-me que os meus pés se enovelam um no outro, como nos desenhos animados, ou em qualquer coisa. Nem sempre corre mal... mas às vezes, tem consequências!

 

 

Lembro-me da primeira vez que caí (e que tive consciência): andava no infantário, tinha uns 4 ou 5. Era uma casa que fazia parte de uma igreja e tinha uma escadaria enorme, larga (ou era eu que era pequena, na altura) e que eu descia sempre escorregando pelo corrimão. Nesse dia, fui pelas escadas e, a determinada altura, embrulhei-me toda e caí, escadas abaixo. Doeu. E deve ter sido assim, o início.

 

Uma vez ia para o ginásio, já em cima da hora, arrumar carro e andor. Quando ia a passar mesmo em frente aos vidros do ginásio, catrapuz! Cheia de vergonha, levantei-me rapidamente, para que ninguém visse e segui. Doeu mais no coração que na perna. Em Vila Real, ia eu caminhando na baixa, mãos ocupadas, e estatelei-me ao comprido. Fiquei mesmo estendida, braços abertos, mala para um lado, pasta para o outro. Vergonha. Ofereceram ajuda, que agradeci, mas recusei; queria era sair do mapa. Ainda antes disso, andava eu a tirar a carta, ia de bicicleta para as aulas de condução. Um belo dia, estava a ultrapassar pela direita, semáforo vermelho, quando uma porta se abre mesmo quando eu ia a passar. Esbarrei contra a dita, a senhora muito preocupada, levantei-me o mais rápido que pude, montei-me na bicicleta com a perna em ferida e fugi dali para fora.

 

 

Há 2 anos, a descer uma plataforma com cerca de meio metro com uns saltos de 7cm, devo ter colocado mal o pé direito, que torceu todo até o tornozelo tocar no chão. Doeu horrivelmente e fiquei sentada cerca de meia hora, mal disposta, sem conseguir falar e com zumbido nos ouvidos. A coisa foi acalmando e consegui conduzir. Passado uma semana, ia a descer as escadas para a garagem e a luz automática não estava a funcionar bem. No lusco-fusco, pensei que estava no último degrau, mas não! O meu cérebro pensou que ia andar a direito e, quando o pé esquerdo se viu sem chão, caiu desamparado e torceu, primeiro para um lado, depois para o outro - crack crack. Dor!! Pensando que seria como na semana anterior, lá fui até ao carro, mas de cada vez que o pé pousava era uma dor lancinante. Rezei para que não houvesse fila para entrar em Lisboa, pois de cada vez que carregava na embraiagem a coisa não era fácil. Na empresa, quando me viram a coxear, pálida e me olharam para o pé, levaram-me ao colo para um carro e, daí, para o hospital: 1 fractura de cada lado.

 

 

No dia 7, aproveitei a hora de almoço para ir à depilação. Quando regressava, não fiz o caminho habitual, porque as pevides não me saiam da cabeça e há, perto da empresa, um mini que vende (ao que parece, só no Inverno, coisa que me transcende...). Estava com umas sandálias razas e, no último degrau de umas escadas com 3, torceu-se-me o pé direito. Ia caindo mas a torcidela salvou-me da queda. Foi pior a emenda que o soneto. Pouco depois, percebi que tinha perferido cair e ficar com uma feridinha nos joelhos e nas mãos... Já foram €120 para o osteopata, que me colocou, nas 2 semanas, aqueles adesivos que os atletas (e não só, claro) usam quando lesionados, e me comunicou que o ligamento tinha ido com os porcos! É verdade. Para me tranquilizar, disse que o positivo da coisa é que, quando fizer uma entorce que, virtualmente envolva esse ligamento, não vai doer, porque ele não existe! Olha que bom! Não me doesse agora o pé, ainda, e estava tão feliz... tsss

 

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publicado por fraufromatlantida às 13:01
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Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011

Senhores da Brisa, Estradas de Portugal ou whatever...

 

No actual Estado da Nação, verifico que alguém anda preocupado em colocar novos pavimentos em autoestradas. Agora, que nos pedem a nós, contribuintes, tantos sacrifícios, tratam de fazer liftings às nossas estradas... Aquelas que, apesar de não estarem imaculadas, não necessitavam, pelo menos nesta altura, de um "tratamento".

 

 

Compreendo que nos sítios onde a situação está crítica - como esteve durante muito tempo nos acessos ao IPO de Lisboa, com verdadeiras crateras - urja fazer alguma coisa. Mas não compreendo como se pode gastar dinheiro em locais onde os pneus e suspensões dos nossos veículos não se queixam por aí além.

 

 

Ainda para mais, se verificarem, o pavimento que andam a colocar, e que já cobre uma boa parte da A12, é preto reluzente, daqueles quase desprovidos de atrito! Ora, começando a chover, este pavimento forma um filme de água que, à passagem dos veículos, provoca nuvens de partículas que parecem nevoeiro.

 

 

Queixo-me como contribuinte e como utente, que paga (e não é pouco) de cada vez que por lá passa! E que vê que se gasta dinheiro para oferecer segurança zero! E é assim, neste país, fazem-se muitas coisas, mal e porcamente, para dizer que se faz.

 

publicado por fraufromatlantida às 09:46
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Terça-feira, 25 de Outubro de 2011

Polémicas, cortes e diálise

 

Graças a Deus não me falta pão para a boca. Espero que nunca falte. Ainda tenho algum jogo de cintura. Mas hoje, fui ao continente e comprei cotonetes e lenços de papel do Continente e creme de olhos da L´oreal (recomendado por dermatologistas numa conhecida revista). Sempre comprei os meus cremes em perfumaria, mas a consciência obriga-me a fazer alguns cortes, nem que seja em solidariedade por quem tem que cortar na alimentação.

 

 

Tem havido imensa polémica em redor da diálise. O governo cortou, este ano, 18,5% no que paga aos privados e prepara-se para cortar mais 10% no próximo ano. Não há milagres: se me cortarem 30% do salário, eu tenho que cortar nas minhas despesas. Pior ainda se tiver alguns salários em atraso! E ai de quem me venha dizer que sou indecente por poupar, que devia continuar a fazer a mesma vida! Porque em "casas públicas" (hospitais, centros de saúde, etc) também se está a fechar a torneira, com prejuízo dos utentes, e eu não ouço o Sr. Ministro falar de falta de ética!

 

 

E por falar em ética... é melhor nem ir por aí...

 

publicado por fraufromatlantida às 16:21
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O Profeta Mourinho

 

Tinha eu os meus 10/11 anos quando, numa aula de educação física em que se jogava basket e o Mourinho só ligava ao jogo dos rapazes, fui ter com ele e perguntei se era possível dar alguma atenção também ao nosso jogo, que estava a ser qualquer-coisa-sem-regras-e-que-se-joga-num campo-de-basket. Ele olhou para mim, olhos a raiar de sangue, e profetizou: "quando fores velha, vais estar sozinha, porque és rezingona e resmungona e ninguém te pode aturar". Fui a chorar para o balneário e ele passou à minha lista dos "homens mais arrependidos à face da terra".

 

 

Será que foi uma praga? Começo a pensar que sim...

 

sinto-me:
publicado por fraufromatlantida às 12:32
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Segunda-feira, 17 de Outubro de 2011

Crianças de hoje, Homens de amanhã?!

Talvez por defeito de formação, tendo a fazer comparações com a natureza.

 

Sabemos que os animais criados em cativeiro, quando libertados, raramente sobrevivem, pois não foram habituados a caçar. O instinto dos animais selvagens leva-os a preparar as crias para que se tornem independentes e tudo é feito nos timmings correctos; sabem que qualquer atraso pode ser fatal.

 

Uma ave que, por qualquer motivo, não comece a voar na devida altura, terá mais dificuldades; pode nunca chegar a fazê-lo.

 

Os nossos pais levaram-nos à escola nos primeiros dias. A partir daí, íamos sozinhos; tínhamos 6 ou 7 anos. Os nossos filhos com 10 anos não andam sozinhos: temos medo. Às vezes, com 14 anos, ainda não andam sozinhos... Será que não lhes estamos a passar os nossos medos?

 

Se eles choram mais quando saiem do nosso quarto, mantemo-los lá, por vezes até nas nossas camas. Se choram quando se lhes deve tirar a chupeta, deixamo-los chuchar até aos 5 ou 6 anos... Atrasamos os timmings.... Para conveniência deles, ou nossa...?!

 

Será que os estamos a proteger, ou a dificultar-lhes a sobrevivência?

publicado por fraufromatlantida às 18:19
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Terça-feira, 4 de Outubro de 2011

Great Expectations

As expectativas são como os pólos de uma pilha: têm o positivo e o negativo. Quando são ultrapassadas, ficamos em estado de graça, quando são defraudadas, caímos em desgraça.

 

Se o amor aparece à mistura, as coisas complicam um pouco, pois as expectativas são os planos de vida, a dois. Durante quase 3 anos pensei que estava a percorrer um caminho a dois, com altos e baixos e encruzilhadas que fazem parte. Pensei que estávamos focados na mesma direcção. Mas entretanto, parece que os nossos mapas são diferentes e que, aquele que eu pensei ser o nosso target é, afinal, só o meu.

 

É aqui que os caminhos se separam.

 

E custa muito olhar para trás, ver o percurso, perceber, aqui e ali, que já se adivinhava que o outro queria atalhar de forma diferente, mas fomos andando, desbravando caminho.

publicado por fraufromatlantida às 15:11
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